Ontem, dia 10/06/2021, ocorreu a live de lançamento do Dialoghi d’Affari: Testimonianza Italiana com a professora Mestra Lígia Affonso, professora-tutora na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e na Universidade Federal Fluminense (UFF) e Professora na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que abordou a temática do Testimonianza Italiana: “A Sustentabilidade e a Conexão ao Mundo dos Negócios”.
Ao longo do evento, a professora abordou a dimensão socioeconômica da sustentabilidade apresentando seu tripé, o Triple Bottom Line (TBL). Esse termo é utilizado para expressar um conjunto de valores, objetivos e processos de uma empresa cuja finalidade é criar valor econômico, social e ambiental, reduzindo os danos causados por suas atividades. O TBL representa a união dos aspectos econômicos, sociais e ambientais como base para o desenvolvimento sustentável, que devem interagir de forma abrangente para que a sustentabilidade se sustente.
A professora Lígia também apresentou o funcionamento e o papel das empresas frente à sustentabilidade empresarial, modelo de negócio que visa equilibrar o crescimento econômico, a conservação do meio ambiente e o desenvolvimento social, de modo a alcançar o desenvolvimento sustentável, considerado como o meio para atingir a sustentabilidade. No entanto, valoriza também aspectos como o bem estar de seus funcionários; a ética nas relações; a transparência; a governança corporativa; a escolha de fornecedores e distribuidores comprometidos com a sustentabilidade, importantes em uma empresa sustentável.
A palestrante, em seguida, convidou a todos a compreenderem essas novas demandas da sociedade e que as empresas devem responder a essas demandas gerando valor agregado para gerar benefícios a todas as partes envolvidas (stakeholders), pensando também nos impactos positivos à comunidade e ao meio ambiente, com ética e transparência. Cabe um questionamento em relação a isto, já que impasses podem surgir para tentar conciliar essas novas iniciativas e o fato de as empresas terem que continuar desempenhando o seu papel de satisfazer as necessidades da sociedade, gerar lucro a seus acionistas, gerar emprego e renda e fazer a economia girar. Lígia, portanto, comentou que as organizações, de um modo geral, trabalham para se manterem vivas e atuantes no mercado, pois, como organismos vivos, lutam por sua sobrevivência e fazem o que for necessário para tal, logo, há de se aderir a práticas sustentáveis em seu negócio, pois, há crescente pressão sobre elas.
É necessário evidenciar que há, na realidade, um saldo consideravelmente positivo da sustentabilidade para os negócios, como a maior vantagem competitiva em um cenário de competição acirrada; melhoria significativa da imagem institucional; aumento da confiança da sociedade, da atração de investidores e das chances de de obter crédito, sendo que não representam uma ameaça às seguradoras. A professora ainda destacou que as adaptações resultam em atração maior de parcerias e novos consumidores, ao lado da fidelização de seus clientes justamente por assumirem um comprometimento com questões sociais e ambientais maiores em relação a outras empresas.
Lígia finalizou sua exposição trazendo o fato de que muitas companhias relutam aderir à sustentabilidade, pois, consideram os gastos envolvidos como custos e não como investimento. Aquelas que enxergam a sustentabilidade como investimento, crescem mais, haja vista que investem mais em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), em tecnologias, em inovação e aproveitam as oportunidades que surgem a partir desse contexto. Por fim, a professora reiterou que a sustentabilidade é um importante valor e, para ser efetiva nas empresas, deve ser parte integrante das estratégias empresariais, pois é somente dessa forma que é possível alcançar um desenvolvimento mais sustentável, princípio que deve, sobretudo, estar presente no DNA da empresa.
Para assistir a gravação da live no YouTube, clique AQUI.
Gostou do evento ou tem sugestão de novas temáticas?
Manda para a gente clicando AQUI.